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Back to Bahia,,,


Já faz algum tempo que eu vinha pensando nisso e até pensei em postar, mas hoje aconteceu um lance bem interessante que me fez retomar esse raciocínio.

Em pleno Natal me vejo sentada com um tio, meu pai e um velho amigo que pegou o violão e me fez voltar a querer contar essa história:

Um dia sem fazer nada resolvi ligar a TV e pra minha surpresa estava passando um ótimo documentário sobre a cultura nordestina, seus costumes, suas peculiaridades, o povo..teve até direito a uma palhinha sobre a vida de Luis Gonzaga que foi um dos grandes repercursores dessa cultura para as outras áreas do país, trazendo a alegria, ritmo e poesia que é típica da região...

Eu já sabia que eu tinha muito da Bahia porque é dali que vem as minhas raízes e minha origem, e sou completamente fascinada por essa terra tão linda, tão culturalmente rica e de extrema importância para o país, porque afinal, tudo para nós brasileiros começou ali né?

Mas posso dizer que esse foi o meu ano do descobrimento. Esse reencontro de história, essência guardada lá no fundo e fascinação me fez pensar que é isso mesmo, que sou filha dessa gente.

Desde muito pequena ouço meu pai contar a mesma história de quando chegou em São Paulo na década de 70, e como as coisas eram diferentes. Quanta expectativa e sonhos guardavam para ele essa cidade em pleno crescimento. Coisa de adolescente, menina, achava chato, repetitivo...nem sequer me dava ao trabalho de tentar relacionar os fatos e entender o porque de tantas vezes a mesma história.

Veja que orgulho pra mim! Logo eu que sinto tanta falta de grandes momentos históricos e de um certo engajamento, nunca tinha reparado que foram meus pais e seus amigos, e seus parentes, junto com os seus conterrâneos que ajudaram a construir hoje a cidade que eu vivo. Que viviam em plena década de 70 para tornar gigante a cidade que hoje eles mesmos já nem querem mais tanto, e pensar que ainda sofre tanto preconceito, eu mesmo ainda preciso me policiar nesse aspecto.... mas, estou melhorando...

Pensar que vieram pra ca com um pouquinho mais de idade do que eu, deixando esposas, filhos, pais e mães pra trás busca de uma vida melhor com força, coragem, cachaça e forró pra deixar sua marca na história do Brasil. Sei também que não foi atos heróicos que fizeram isso acontecer mais sim uma serie de problemas regionais. Mas enfim, o que me interessa aqui é resgatar um monte de coisa relacionada a mim mesma que eu nem desconfiava. Mas desconfiava sim, essa admiração toda só podia ter algo aí que corre nas veias, que faz parte do DNA... meu coração deve bater no ritmo da sanfona e... e tudo isso se transformou em um sentimento de respeito: pela região, pelos meus pais e consequentemente por mim mesma.

O mais tesão de tudo é que espontaneamente em apenas um dias estarei de volta...de corpo e alma, de rasteira e coração aberto pra cidade que me fez chegar até onde cheguei.... de volta à Bahia


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working class,,,


Acredito que as boas pessoas não estejam interessadas apenas na matéria, no dinheiro, no status, em ter um emprego dos sonhos, cargo de executivo e casa na praia. Elas só precisam ser felizes, assim, sem muito ensaio, sem condições e metas inatingíveis para conseguir alcançá-la.

Um dia, colocaram na cabeça das pessoas que o mundo é competitivo e que as pessoas precisam se destacar e vestir capa de super herói o tempo inteiro numa uma briga interminável por um lugar no topo da cadeia.
Não sei de quem foi a idéia de eleger um "melhor". Por que não dava simplesmente pra serem peças do mesmo jogo, que se completam exatamente por terem características distintas, respeitando os valores e capacidades de cada um? Seria menos maluco do que correr atrás de um ideal cruel o tempo todo.
Quem disse que eu quero ser um profissional dinâmico, comunicativo, de boa aparência e com inglês fluente? O oposto não significa errado, apenas diferente do padrão.

Quando o trabalho não significa sacrifício e escravidão, seja por salário, seja por cargo, ele se torna uma virtude. Hoje vi que não é do meu emprego que gosto, mas sim do meu trabalho.
Porque ele significa interagir, conquistar e compartilhar valores, tirar de cada pessoa o máximo que ela pode dar dentro de suas limitações e talento, agregar coisas positivas, minimizar erros, procurar excelência nas execuções de qualquer tipo, fazer amigos, saber ouvir, ouvir críticas e saber que precisamos dela pra evoluir, ser reconhecido, dizer por favor e obrigada, ser cordial e duro quando necessário, é defender uma idéia, ter bons argumentos, respeitar as pessoas, conviver bem, pensar coletivamente... e mais uma série de outras tantas coisas que passamos a vida inteira tentando aprender.

É até piegas, mas juro que fico emocionada com tudo isso. Pois acabo de descobrir porque os últimos anos foram e serão tão essenciais pra tudo que ainda está por vir. O trabalho faz a gente se deparar com as qualidades e defeitos da nossa própria personalidade e é ali que a gente aplica o maior número e qualidade de conhecimento já adquiridos.

Trabalho é coisa séria. É pra gente grande. É pra crescer. É pra ser feliz

E por isso hoje o dia foi tão triste! Porque reduziram a nada o que pra muita gente, assim como eu, tinha como sinônimo de satisfação e principalmente de felicidade. Talvez tenham sido os mesmos que usam esse artifício para sua própria ascensão social, nos tornando apenas cavalos de competição numerados.

"Quando eu tinha 5 anos de idade, minha mãe me ensinou que a felicidade era a chave da vida.
Quando entrei para a escola, me perguntaram o que eu gostaria de ser quando crescesse. Escrevi logo abaixo "feliz".
Me disseram que eu não tinha entendido o enunciado, e eu disse que eles não entendiam nada da vida"

Autor desconhecido


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Who's bad?...

Agora vieram com essa de boazinha,,,

Boazinha eu só conheço cachaça,,, e cabra gosta porque enquanto doce, na garganta ainda amarga!

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Sentidos,,,

... tem sido muito mais do que uma simples palavra. Mais, bem mais que perceber outros seres e movimentos a minha volta....

... tem sido a minha existência, o meu prazer, as minhas verdades..... o meus verdadeiros sentidos?? é fechar os olhos e enxergar uma melodia, ouvir o som das ruas, sentir o cheiro da saudades.... e achar que as palpitações do meu coração vão fazê-lo sair do peito nesses momentos...

Ah essa sensação de ver tudo diferente! ... Em que momento da vida floresceu a sensibilidade?....foi enquanto eu crescia?... enquanto eu trabalhava? enquanto os outros falavam? .....ou foi enquanto eu dormia?

... não, foi enquanto eu vivia! e de verdade.... naqueles momentos que talvez ninguém saiba, que aparentemente não tenha graça.... senão como explicar que aprendo e o amo só pela experiência quase sensorial de sentir uma música num domingo qualquer? ... de ouvir boas conversas e prosas em qualquer boteco da cidade...

... e festejando minhas últimas primaveras eles ficaram ainda mais aguçados. Meu sentidos não me enganaram.... me fizeram enxergar, me deram mais coerência....

... fiquei extremamente feliz, fiquei perturbadoramente chateada.....novas experiências, pessoas incríveis, amigos que são só quase amigos, afinidades, afinações e desafinados.... me surpreendi!

... a minha felicidade depende..... Como um radar de emoções, capturo a energia do lugar e me posiciono.....me encontro, ou me deixo.

... ela só precisa de sentidos..... essa, essa mesmo, que aperta o peito e arrepia a pele.

... comemorei! E fez sentido....

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Viva à tua maneira

Relembrando os clássicos infantis "redação sobre as férias".... só que à minha maneira:


É ficar puta no acidente de carro, brigar com os envolvidos, perceber que eu estava totalmente errada, pedir desculpas e brigar de novo
É sair de casa sem saber o que vai acontecer e voltar pra casa com uma viagem fechada para a Bahia
É viajar num fim de semana chuvoso e ser bom pra caralho
Conhecer novas pessoas e fazer com que elas se sintam muito bem e a vontade como se as conhecesse há anos
Tocar um instrumento porque sempre foi meu sonho
Se cadastrar no twitter mas não postar nada
Conseguir perceber a graça e às vezes a desgraça das situações
Falar muita, mas muita besteira e não estar nem aí
Fumar um cigarro discutindo assuntos importantíssimos e crises existenciais na frente da casa dos amigos
Surpreender as pessoas de vez em quando
Dar carona e ir de carona quando necessário, na mesma naturalidade
Andar a pé em duas quadras pelas ruas da Vila totalmente brisada e achar que andei pra caralho
Falar para as pessoas estressadas no trânsito de sábado a noite para não se estressarem exatamente porque é sábado a noite
Se permitir ir a uma viagem com pessoas novas e totalmente diferentes de mim e entender um pouco mais sobre essas pessoas
Acender um cachimbo e fazer a festa inteira fumar e cair na gargalhada em 10 minutos
Ficar indignada e perplexa com algumas manias que as pessoas insistem em ter
Fumar e reparar no comportamento das pessoas
Ir pra casa bêbada de trem depois da happy hour
Participar de sessões musicais por horas e horas até ficar rouca
Imprimir guia de desconto de Motel em gráfica 24 horas
Fazer novos amigos gays
Dançar quadrilha depois de 15 anos
Detonar numa partida de bilhar totalmente brisada com o namorado
Ficar feliz pra caralho numa pista de dança ouvindo música boa
Ter discussões de relacionamento de tempos em tempos, brigar, bodear e se apaixonar de novo
Comer petit gateu dentro da banheira
Ser convidada para escrever a introdução de um livro
Sair de trem de casa às 4 da tarde e voltar às 4 da manhã sem saber o que ia acontecer
Sair da Lapa, cair na Aclimação e parar na Liberdade
Ficar “eliminada” com as coisas (haha)
Tomar uma Original no boteco e cortar o cabelo no Soho
Ter um dia de palmeirense para uma comemoração surpresa no dia do aniversário do namorado
Comer num restaurante japonês num dia qualquer
É não estar fazendo porra nenhuma no trabalho e escrever esse texto, só pra descontrair!

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Pare que eu quero descer,,,

Que informação é diferente de conhecimento todo mundo já sabe. Afinal, nunca tivemos tanto acesso a informação como hoje em dia, e mesmo assim parece que tá todo mundo ficando cada vez mais bestial, enfim... o que me deixa mais perplexa, é que isso está afetando todas as camadas da sociedade, até o os políticos. Não sei o que me conforta mais: achar que eles estão mal informados, que não sabem usar alguns indicadores para decisões mais assertivas ou se tudo faz parte de uma conspiração contra todos aqueles que não são banqueiros, ricos e bem sucedidos, bem no estilo Zeitgeist*
Estive pensando: passamos por um novo momento, um momento histórico: crise econômica mundial, colapso no sistema vigente, novas formas de se ganhar dinheiro, consumo consciente, responsabilidade sócio-ambiental... tudo isso uma nova maneira de relacionar com o mundo e com as pessoas a nossa volta, tudo isso nos faz entender que temos que deixar de pensar tanto no individual pra voltar a pensar no coletivo, pois já vimos que sozinho ninguém vive, ninguém se mantém e ninguém quer ficar, um tabu do tamanho do próprio mundo. E aí, indo totalmente na contramão das novas tendências chegamos em São Paulo: cidade totalmente individualista, totalmente caótica, totalmente capitalista e totalmente paralisada com os mais de 15 milhões de veículos que circulam todos os dias pelas grandes avenidas e qualquer outro canto que caiba um carro popular.... (que fique claro que eu moro aqui, que eu também tenho carro, que aliás está me rendendo uma série de dores de cabeça ultimamente além do trânsito e que sou totalmente apaixonada por essa cidade, apesar de todos os pesares).
Pois bem, diante desses fatos, penso eu que a solução dos problemas para essa cidade seria começar a pensar exatamente em um futuro onde as pessoas pudessem se imaginar sem a obrigação de se ter um carro, onde as zonas mais afastadas tivessem centros comerciais mais abundantes para não transformar o centro da cidade um inferno, não amassar as pessoas em transporte público todos os dias no mesmo horário e outras inúmeras formas de tornar a vida um pouco menos dificil né gente, porque porra, sei que não dá pra pedir pra todo mundo ficar rico ou pensar que está pra acontecer uma distribuição mais igual de renda, mas pô, dá pra gente dar menos murro em ponta de faca? Dá?... E já que a situação atual é tão péssima, não acho ingenuidade ou inválido trabalhar com um planejamento efetivo que tenha ações pontuais vislumbrando esse acontecimento num período x de tempo.
Mas naaaão!! desconsiderando tuuuudo o que pode ser feito para melhorar, tuuuudo o que pode ser discutido a respeito da tal melhoria na qualidade, e no nosso caso dignidade de vida, me deparo com notícias como: "indústria automobilística bate recorde de vendas em relação ao ano anterior", "melhor semestre em vendas da história"!!!
Ué, mas cadê as pessoas que reclamavam do trânsito, cadê a sustentabilidade, cadê a redução no impacto ambiental, cadê o aquecimento global causado pelo efeito estufa onde os carros também tem seu papel como grande vilão. (pelo menos é uma das tantas notícias que divulgam que a gente não sabe se é tão verdade assim) E agora? O que fazer, em quem acreditar, o que as pessoas querem afinal? As informações parece que vão se anulando.
E é óbvio que as empresas automobilísticas vão reciclar papéis, incluir deficientes físicos em seu quadro de funcionários mas no fundo no fundo estão colocando metas de market share nos seus profissionais de vendas e marketing para que eles pensem em estratégia de como vender mais carros através dessa fachada despretensiosa de quem não quer vender carro.
E ainda pra completar o show de horror me vem a prefeitura de São Paulo, quem mais devia filtrar as informações, tendências e conhecimento sobre a população para gerar algo realmente produtivo e de continuidade, e ferra a vida: tiram das ruas os fretados que transportam pessoas com um certo senso coletivo, que preferem deixar seus carrinhos em casa mas que também não querem correr o risco de ficar com uma perna pra fora do ônibus, ou de cair no 'vão entre o trem e a plataforma' por causa do empurra-empurra. Acho justo!
Queria muito, muito, muito fazer uma pergunta ao Kassab: Mais vale um fretado com 50 pessoas ou 50 carros com uma pessoa cada?
Realmente vivemos num mundo de contradições e contrastes. Depois ainda as pessoas vem me pedir que eu tenha coerencia nas atitudes. É mole?
* Zeigeist - documentário excelente que podem encontrar no Youtube.

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lar, estranho lar,,,

Certeza, depois de tantas mudanças ainda tem algo de errado além de portas, paredes e mobílias. O mais louco é que foi durante o tempo em que passei mais tempo fora que pude perceber tudo o que ali acontece e as suas relações. Por reparar nos detalhes, na pintura, nos utensílios domésticos e nos animais domésticos.... Nos objetos fora de lugar e das coisas que ainda precisam consertar... E de reparar nas coisas, passei a reparar nas pessoas e tem realmente muita coisa fora de lugar.... inclusive eu...talvez já não caiba mais ali. Realmente a falta de espaço não está na metragem que ela ocupa... É simples, é debaixo de um teto que devemos nos dar ao luxo de simplesmente ser. E dessa felicidade em ser passamos a vida procurando quem possa interagir com a gente debaixo desse mesmo teto. Amigos, amores, pai, irmãos, mães, bichos... não importa. Queremos ser sem ser sozinhos. Me entristece ver relações tão cegas o tanto quanto são longas compartilhando o mesmo espaço físico. Não sentir a sensação plena de liberdade....e daí que da porta pra fora isso seja mais difícil? mas é um exercício que primordialmente começa onde se acorda todo dia, é de dentro pra fora... E vejo pessoas "gritando em silêncio", como li no blog de uma amiga, por viver em um ambiente tão já doente e cansado. Se deram por vencido!... Não quero ser contaminada. E ainda acredito que de fora consiga ver cada vez melhor os seus componentes e ajudar em pequenas mas representativas atitudes. É preciso respeito para tal, é preciso ouvir, observar... e agir sabendo onde dói a ferida de cada um. Mas a idéia passa longe de querer anestesiar... só quero que enfrentem seus medos e sejam felizes. Fatalmente a minha felicidade está ficando cada vez mais fora dali... mas não sem antes passar claramente esse recado....Parece louco, mas eles também precisam amadurecer sem mim.

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caminhos ao soul


Fazia um bom tempo que não aparecia aqui, é verdade. Mas um fato me fez voltar, quer dizer, dois fatos e não apenas um.
Lendo o post meio doído do Hermano e fazendo um comentário que encerrava o assunto me deu vontade de vir aqui falar de música! Pois é, isso mesmo, de música ! E aí que entra o segundo fator estimulante: Michael Jackson!
"Será que durante esse um mês afastada ela teve um surto esquizofrênico?" ou "foda-se, o blog é meu e eu piro o tanto que eu quiser?", está mais para a segunda opção, mas ainda assim não é tão louco quanto parece, ou é, enfim, depois pensem a respeito.
O lance é que sofri uma experiência transformadora desde que vim dirigindo pra casa um dia desses ouvindo uma música chamada Your Song. Parada na portão sem me preocupar com esse alvoroço todo sobre a violência, fiquei sonhando imaginando as circunstâncias em que aquela música tinha sido feita ou ainda em quais circustâncias perfeitas ela poderia se encaixar, até porque, não é todo mundo que gosta, e se gosta, tem algo de especial e que me faria gostar...(bom, essa parte é realmente loucura..... mas foda-se, o blog é meu!)
Corri para o maravilhoso mundo da internet e baixei a tal música e percebi que se tratava de mais uma obra prima originária da música negra!
As coisas ainda estão meio sem sentido né? então, deixa eu tratar de amarrar logo as coisas. Com a morte do Michael nas últimas semanas, eu fui "obrigada" a voltar novamente os olhos, ou o sentido da audição, para a soul music. Os discos do Jackson 5 são realmente muito bons e ouvi durante um final de semana inteiro, quase sem parar. E praticamente 5 em cada 6 músicas tem um "shake baby", "go to the floor", ou "one more time"....enfim, percebi o quanto foi importante a herança que recebemos dessa raça que foi tão descriminada e mesmo assim conseguiu uma atitude transformadora com o sentimento de tristeza e sofrimento. Deles, recebemos o blues, o jazz, o funk e tantas outras vertentes, recebemos também o samba e a malandragem que nela está intrínseca. Sempre de um mesmo sentimento, sempre de uma mesma fonte, que não é nada mais importante do que a própria alma, o que dá nome a sua música.
Talvez por isso que eu goste tanto por todos esses estilos citados acima, talvez por isso um acontecimento teoricamente bobo e simples fez um dia comum se tornar um grande dia na minha vida. Por ser uma linguagem que só quem caminha e procura da sua alma pode entender.
E pra finalizar esse post, explico porque dei o seguinte título a ele: Caminhos ao S(o)ul, blog do Hermano, assim mesmo, com parênteses entre o "o", que propositalmente carrega uma pluralidade de sentidos, se parece muito com o que escrevi sobre a música aqui. E não vou tentar explicar quais são todos esses sentidos porque daria assunto pra outro post, mas o mais legal, o mais legal mesmo, é que ele carrega muito dessa inquietação, melancolia e ao mesmo tempo originalidade e alegria dos negros. Então meu Hermano, apesar de não termos conversado hoje sobre o seu post, apesar do meu comentário não ter prolongado muito o assunto, considero encerrado o caso, porque me dou o direito de entender um pouco o que está querendo dizer e acredite: você, assim como a essência desses negros bem feitores, tem uma força transformadora! Só respeite seus sentimentos.
Mas como amigo também serve pra fazer papel de diabo, quero te convidar pra tomar uma e ouvir um soul, topa?

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Palavras soltas,,,

Vou colocar num balão...
as palavras mais bonitas que puder falar, como saudade e cumplicidade,
os pensamentos mais puros que conseguir mentalizar, como amor e compreensão,
as intenções mais livres de julgamento que possam me ocorrer, como paixão e diversão,
as armas mais poderosas da humanidade, como comunicação e sinceridade.
E soltá-los de um lugar bem alto para que permeie em nossas vidas apenas felicidade!

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Não estou pra brincadeira,,,

Não é que já esteja velha ou bitolada...
Só não tão do tipo desencanada... não tão mais querendo não saber de nada.
Rindo aos quatro cantos do mundo e do tipo virando a madrugada sedenta por farra... aí sim vou parecer uma chata por ver tudo muito sem graça.

Vou olhando mais para os lados... falar com quem nunca falei, prestar em atenção em caminhos que nunca reparei... e tem muita graça nas "cotidianices", ou pelo menos se tiram grandes lições delas.

Experimente ficar de longe observando, ou melhor, mesmo de dentro observando... ou você vai se achar ou vai se perder... e aí amigo, e nessa hora, qual vai ser?

Como se ninguém tivesse tentado antes, estou tentando entender o mundo... saber o que é genuinamente meu. Que por sua vez, precisa estar conectado (tenho gostado dessa palavra ultimamente) com as coisas que trazem pra dentro.... Acho prudente a frase:

" há de endurecer-se, mas perder a ternura jamais"

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Só por isso,,,


É só porque do seu lado é diferente,
o olhar é mais apurado,
o frio é bem acolhido,
as risadas mais verdadeiras,
e as brincadeiras mais de meninos.

As discussões são mais extensas,
as músicas mais compreendidas,
as piadas mais divertidas,
e a janela com uma vista bem mais bonita.

O trabalho é um ponto muito mais alto,
as pessoas bem mais interessantes independente de como sejam,

A rotina mais ensina do que cansa,
mais causa descobrimento do que tédio
e a noite vira tempo de amar, de intensificar...

E não é que eu o veja com os seus olhos, mas há muito menos o que se provar e muito mais o que se viver!

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O valor das marcas,,


- Falando em baiana, entrou uma lá no escritório, pra trabalhar com a Iskin
- Ah é? E como está a Iskin?
- Bem, agora vão lançar na MTV.
- Mas peraí, ele tá pagando pra anunciar?
- Não, é parceria.
- Mas porque estão vendendo pela Iskin?
- Ela faz a arte.
- Ah.. ganham nas vendas também! Vai ter agora só Iskin da MTV, não tem mais artes dos grafiteiros?
- Vai sim, só que agora terá linhas.. MTV, Cavalera, Grafite, Samsung..
- Porra, ele tá com bala na agulha hein?
- Ah, contato né Preta, ele tem muitos contatos.
- ... Engraçado como inventam uma maneira de ganhar dinheiro né. Um negócio simples e olha quanta gente envolvida. O dinheiro vai para ele, para a MTV e etc. Como uma moeda de troca, mas que na verdade não tem nenhum benefício nessa troca pra quem compra... benefício real. Ou depende do que cada um entende como necessidade... e ainda por cima é um produto que enjoa.
- E foi feito exatamente pra isso. Se você enjoar, tem outro modelo pra você escolher...
- ...
- Tá vendo aquele tênis ali? Bonito né?
- aham
- Foi um chinesinho que fez!

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Ainda somos meninos,,,


Esse final de semana, enquanto decorava o salão de festas para o aniversário de um ano do meu sobrinho me vi pensando sobre um sério problema feminino: o orgulho, a vontade de estar sempre com razão.

Comecei a saga de super tia no meio da tarde e enquanto isso o Preto resolveu descansar um pouco, afinal tinha acordado às 7 horas da manhã para começar seu super curso. Até aí nada demais.
Vovó Vilma e a mulher dos salgados me ajudaram a encher as bexigas e a discutir sobre o polêmico assunto de ter ou não festas de aniversário no primeiro ano de vida dos pequenos. Até aí também nada demais, quando notei que já estava escuro e ele ainda estava dormindo. Comecei a me incomodar até mesmo pelo fato dele ter ficado o dia todo em outro mundo por causa do curso. Ok ele estar empolgado com o fato de um novo aprendizado, eu também adoro essa sensação, mas isso não invalida o fato dele poder me ajudar com o maior acontecimento do final de semana tão esperado pelas duas famílias. Afinal, quem sempre fala em passar o resto da vida juntos e em ser companheiros, em montar uma agência, em montar uma casa, em ter filhos, em morar na Itália... poderia muito bem começar enchendo as bexigas!

Pois bem, isso ainda foi agravado por um grave erro cometido pela vovó Vilma, não sei como o assunto começou, mas sei que ela disse para a mulher dos salgados na minha frente: coitado do meu neto, ela não vai fazer nada em casa. Oras! Eu afirmei e ainda completei que de jeito nenhum me via andando pela casa com fogo saindo das narinas pegando as cuecas e roupas sujas pelo chão e em cima da privada como ele fazia com ela e com a pobre da mãe. Criado a vida inteira por mulheres que o tinham como xodó e nascidas em outra geração e cultura isso é até natural, mas que os 23 anos que ele teve será bem diferente dos próximos, principalmente se for ao meu lado.

Que absurdo! Como se eu tivesse que lavar todas as roupas da casa para provar que sou uma boa mulher ou que ele será feliz. Pensamento pequeno de felicidade esse. E isso não é um pensamento feminista de quem ao invés de lavar a louça colocará o terno e irá pra o escritório. Nada disso, posso sim lavar uma louça, mas enquanto isso ele provavelmente estará limpando os móveis.

Creio que D. Vilma que contribuiu para a minha irritação. Afinal por causa dela cheguei a esse raciocínio de - enquanto faço A você realiza B. E não era o que estava acontecendo naquele exato momento! Pronto, problema criado. E única e exclusivamente por mim. Pobrezinho, enquanto isso devia estar dormindo sonhando com carneirinhos ... resolvi ligar!!

Depois de 10 minutos ele apareceu. Perguntei se ele tinha dormido bem e me contou: não muito, o Léo veio aqui!!!! Vocês não podem imaginar como soou essa frase.
Pensei: Ah, então na verdade você não estava fazendo aquilo que eu achei que você estava fazendo. Enquanto eu trabalhava você estava conversando com um amigo. Ah tá bom!

Esse foi o segundo erro gravíssimo, e agora ele estava acordado. Era a minha hora de ficar muda e responder com apenas “aham”, “eh”, “aham”.

Ok, já tinha acabado a decoração e subi um pouco para descansar. Pedi encarecidamente que ele se arrumasse pois eu estava imunda, cansada e com fome e queria dormir pois acordaria cedo no dia seguinte. Pediu que eu esperasse e acabei pegando no sono. Acordei mais tarde e adivinhem: Ele estava jogando videogame. Por isso saímos de lá quase 01h00. Puta, com raiva e pior, com fome!! Me senti desrespeitada por causa de um joguinho. Chegando em casa depois do banho ainda tive que preparar uma gororoba pra comermos. Perdi a chance de comer uma pizza suculenta pedida em casa porque ele jogava videogame!!

Claro que ao invés de passarmos a noite namorando passamos realmente a noite dormindo....
Resolvi acordar de bom humor. Afinal era festa, meu sobrinho fazia 1 ano e não dava pra perder tempo com bobeiras.
Teve outras cenas ao longo do dia, cama bagunçada no meio do meu quarto enquanto eu precisava me arrumar, ele todo pomposo conversando com os membros do conselho do seu prédio enquanto terminávamos todo o restante da festa e ajustes.... e por aí vai...

Pelo texto devem estar achando-o o pior dos homens, aquele típico cara grosseiro, moleque, machista e sem nenhuma sensibilidade. Ele tem sim as suas peculiaridades de “menino”, por mais que ele ache que não. E apesar de eu não ter dito nenhuma dessas coisas durante o final de semana ele sabe exatamente tudo isso que estou dizendo aqui.

E o que isso tem a ver com a minha primeira frase? Tem a ver que enquanto tudo isso acontecia, eu estava pensando o porque de agir assim. Porque nós ficamos bravas, porque nos importamos mais que eles?
É instinto, coisa de mulher como costumam dizer, TPM? Não... nenhuma dessas. Na verdade vou dizer por mim, não posso saber o que passa na cabeça de todas. Mas na minha eu sei: pela simples vontade de mexer com sentimentos, de brincar com as emoções, de testar a pessoa que está ao meu lado e no final de tudo saber que eu estava com a razão e ainda receber um chamego ou um mimo por isso!

Não é louco?! Não que certas coisas não me irritem. Já explodi muito por essas coisas. Mas dessa vez foi diferente, ao mesmo tempo que elas iam acontecendo, ia me irritando mas ao mesmo tempo pensando..... e aí descobri que somos realmente orgulhosas. Talvez por isso tenha ficado quieta, observando e percebendo cada ação e reação.

Conversaremos sobre o fato de enchermos bexigas juntos e que isso deve rolar. Mas to meio de saco cheio de ceninhas!!
E sei também que ele é o meu pequeno, e que é um homem fantástico apesar de deixar as cuecas no chão. E tudo bem, eu também grudo chiclete embaixo do seu móvel!

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Carnaval a gente que faz,,


Não contentes fomos para Itirapina,
com vodka e jurupinga,
dançamos olhando uma belina carregar alguns meninos e "uma par" de minas.
Só faltou a serpentina!
Homens e mulheres fantasiados deram lugar ao trio elétrico lotado,
com funk até o talo.
Pensei - o carnaval é algo realmente democrático,
e porque não um pouco depravado?
Até um menino dormia deitado enquanto sua mãe caia no rebolado.
povinho descarado!
Aproveitamos outras noites para ficar apenas no baseado,
brisando e jogando baralho.
Meu deus, como somos palhaços!
Resolvemos ir para o quarto de tanto cansaço.
E o meu braço, que quase foi quebrado?
Culpa da minha amiga, que jogou um futebol inspirado.
Pensei - futebol é arriscado!
Preferia o pandeiro, que virou, com todo o respeito
muito mais lindo nas mãos do meu amor,
ele e o Hermano tocaram com louvor.
o Hermano de tão feliz quase se matou.
Que horror!!
Eu e a maninha rimos tanto de dar dor.
Que caralho! Voltamos por falta de dinheiro à São Carlos,
mas não foi tão furado e a larica as vezes é um barato!
Com clima de boteco e lanches caprichados,
proseamos por horas num espaço quadrado.
Falávamos de nós e do mundo globalizado,
saímos de lá bem mais aliados!
Já era tarde, o carnaval havia terminado.
Ah, isso não pode ser uma falta,
de última hora fomos convidados para desfilar numa ala,
nada mais nada menos que como astronautas.
Como aquela fantasia enroscava!
Eu e a maninha caíamos na gargalhada!
A bateria nos alegrava a alma, e quanta beleza tinha nos meninos na calçada!
Depois veio a ata:
"Campeã do Carnaval homenageia Santos Dummont e os astronautas"

Ali, a simplicidade e alegria realmente estavam em alta!

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